A s evidências mais antigas da amizade entre o homem e os animais datam de 12 mil anos antes de Cristo. Foram encontrados sítios arqueológicos dessa época em que o animal doméstico era enterrado em posição de destaque ao lado do seu provável dono.
A interação homem-animal tem sido abordada pela sociologia, psicologia, antropologia, medicina veterinária e outras ciências e está presente no cinema desde sempre.
Para os cientistas, um bicho de estimação pode não ser apenas uma questão de lazer ou de companhia. A medicina está descobrindo que eles também podem ser benéficos para a saúde humana.
Estudos relatam que pessoas, ao interagirem com animais, tendem a apresentar níveis controlados de stress e pressão arterial, além de estarem menos propensas a desenvolver problemas cardíacos. Em termos psicológicos, os cães,considerados como preferidos do homem, através de sua pureza e espontaneidade instintiva, resgatam a criança interior da pessoa e aumentam a capacidade de amar da mesma.
Filmes sobre a relação homem/animal sempre me comovem e revelam muito do ser humano.
Garimpando pelo mundo da telona, recolhi alguns dos animais mais importantes de toda a história do cinema e suas interpretações tão verdadeiras.
Strongheart – Em 1920, o famoso treinador de animais Larry Trimble e a escritora Jane Murfin decidiram procurar um cão incomum para estrelar alguns longas-metragens. Na Alemanha, eles descobriram Etzel Von Oringer, um pastor alemão que foi criado como um cão policial de ataque. Ele tinha três anos, era totalmente destemido e pesava 125 quilos.
Apesar de estar pouco socializado com os seres humanos, Trimble sabia que esse era o cão que procurava e o trouxe para Hollywood. Após seu primeiro filme, "O Chamado Silencioso" (1921), Strongheart se tornou um astro e arrebatou fãs de todas as idades.
Protagonizou uma série de longas, incluindo uma adaptação do romance de Jack London “Caninos Brancos” (White Fang, 1925). Ele viajava de trem por todo o país fazendo apresentações pessoais. Multidões se aglomeravam para ver a nova sensação do cinema mudo.
Ele também contracenou com Lady Jule, uma bela fêmea pastor alemão com quem teve muitos descendentes.
Quando estava filmando para um novo filme escorregou e caiu contra um holofote do estúdio que estava muito quente. A queimadura que parecia apenas superficial se transformou em um tumor em poucas semanas. Strongheart morreu no auge da carreira em 1929.
Cheeta – O chimpanzé Jiggs, seu nome verdadeiro, nasceu na Libéria, África em 1932, foi levado para os Estados Unidos e ficou famoso contracenando com John Weissmuller em vários filmes do Tarzan produzidos nas décadas de 1930 e 1940. Ele interpretava o papel de ajudante do herói, transmitindo um certo ar cômico e mensagens entre Tarzan e os seus aliados e, ocasionalmente, levando outros amigos animais para resgatar o homem-macaco.
Sua aposentadoria se deu depois de estrelar o filme “Dr. Doolittle” em 1967 com Rex Harrison.
Hoje vive tranquilamente como a estrela de um santuário para chimpanzés da Creative Habitats na Califórnia, onde assiste a seus antigos filmes e faz pinturas abstratas, vendidas para arrecadar fundos para o local.
Aos 77 anos, é o primata não humano mais velho já registrado, pois na natureza, membros de sua espécie costumam viver até os 45 anos.
No site cheetathechimp.org é possível comprar as pinturas do chimpanzé e fazer doações ao santuário para preservar a espécie de extinção.
Lassie – Este foi o cão que mais fez sucesso na história do cinema. Sua popularidade já dura mais de 50 anos. Ela fez uma porção de trabalhos mostrando como um cão da raça collie pode ser corajoso, leal, inteligente, protetor e grande amigo.
A personagem apareceu pela primeira vez num conto escrito pelo autor anglo-britânico Eric Knight, publicado em 1938 no Saturday Evening Post. A história terminou virando livro em 1940.
Em 1943 o livro de Eric Knight já era sucesso em vendas e sua história acabou recebendo uma adaptação para o cinema com o título de “Lassie e a Força do Coração” (Lassie Come Home). No filme, dirigido por Fred M. Wilcox, a cadela Lassie, que é na verdade o macho Pal, é vendida por sua família, que está com sérios problemas financeiros. Não satisfeita, Lassie viaja mil milhas para retornar à casa de seus verdadeiros donos.
Com o sucesso da produção, Lassie ganhou novos filmes, séries de rádio, um desenho animado e um programa de televisão extremamente popular, que durou de 1954 a 1973.
Durante sua carreira muitos foram os cães que representaram os papéis, mas todos desempenharam muito bem o que lhe era pedido. Lassie foi eleita o animal mais popular do cinema. A esperta cadela ficou com 54% dos votos.
Lassie deixou suas patas na história. Ela é um dos três únicos animais, ao lado dos cachorros Rin Tin Tin e Strongheart, a ter sua estrela na Calçada da Fama em Hollywood, honraria conquistada em 1960. Em 2005 foi eleita um dos 100 maiores ícones do cinema, o único animal da lista.
Continuem comigo, pois muitos animais que nos emocionaram ainda vêm por aí.
Bjs
Fê
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