Meu pai sempre fala muito deste craque que encantou a todos de sua geração com seus dribles e jogadas inteligentes. Um dos maiores atacantes que o país já viu atuar. As imagens de documentários e filmes que assistimos de seus lances pelo Cruzeiro ou pela Seleção fazem jus à posição que alcançou no futebol mundial e deixam saudosas pessoas, que como meu pai, tiveram o prazer de torcer por este camisa 9 da seleção.
Eduardo Gonçalves de Andrade, conhecido como Tostão nasceu em Belo Horizonte em 25 de janeiro de 1947. Iniciou sua carreira no Cruzeiro em 1961 no futebol de salão e em 1962 começou a jogar na equipe júnior do futebol de campo.
Tostão é o maior jogador do Cruzeiro de todos os tempos e também o maior artilheiro da história deste time que o lançou para o mundo. Além de armar o jogo, chegava na área para concluir as jogadas. Sua principal característica era a sua excepcional capacidade de antever a jogada. Ganhou o apelido de Tostão ainda na infância. Jogava com garotos mais velhos e era o menor do grupo. Foi logo chamado dessa maneira, em alusão à moeda brasileira, desvalorizada na época.
Aos 18 anos já fazia parte da Seleção Mineira de profissionais. Foi pentacampeão mineiro com o Cruzeiro, de 65 a 69 e participou do melhor esquadrão do clube mineiro de todos os tempos. Em 1966, aos 19 anos, já era titular da seleção brasileira e neste mesmo ano, comandou o time do Cruzeiro campeão da Taça do Brasil, vencendo o Santos, de Pelé, na final. Foi artilheiro do campeonato mineiro em 65 (17 gols), 66 (18), 67 (20), 68 (25) e 70 (11). Em 1970 seria um dos principais artífices das vitórias maravilhosas da seleção na Copa do México. Em 72 foi vendido ao Vasco por US$ 535 mil, a maior transação do futebol brasileiro na época.
Infelizmente sua carreira foi abreviada aos 26 anos devido a problemas causados por uma bolada no olho que levou num jogo em 1969. Tostão foi operado em Houston, Estados Unidos e pode voltar a jogar futebol até 1973 quando sua retina se inflamou, o que causou nova cirurgia e a proibição do médico de voltar aos campos.
Longe do futebol, Tostão mergulhou nos estudos e decidiu ser médico, profissão a qual se dedicou por 20 anos. Também foi professor e passou um bom período sem dar entrevistas relacionadas com o futebol, para não confundir uma profissão com outra.
Após a Copa de 94, largou o magistério e tornou-se comentarista e cronista esportivo. Atualmente trabalha na televisão e escreve colunas semanais para vários jornais do Brasil. É um dos mais respeitados comentaristas esportivos do Brasil.
Um profissional consciente, persistente, perfeito e completo. Dizem que era tão autocrítico que nunca ficava satisfeito com seu desempenho e sempre achava que podia jogar melhor. Após os treinos, continuava aperfeiçoando o chute e procurando sanar seus defeitos.
Não é a toa que seu nome faz parte do hall da fama do nosso esporte do coração, tendo recebido diversos prêmios e homenagens e é considerado um dos grandes gênios do futebol.
Pois é, não se fazem mais craques como antigamente, não é mesmo? Seria muito bom se existissem outros Tostões alegrando e valorizando os nossos dias de hoje.
Bjs
Fê
Lembre-se que você é uma estrela nascida para brilhar e a missão de toda estrela é iluminar o universo ao seu redor!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Labels
Álbum de Recordações
(9)
As Celebridades antes e depois da Fama
(7)
Brasileiros que são sucesso lá fora
(3)
Caminhos Místicos
(11)
Coleções Apaixonantes
(7)
Curiosidades de todos nós
(11)
Especial
(11)
Filho de Peixe...
(7)
Invenções e Inventores
(9)
Personagens Memoráveis
(5)
Profissões em Extinção
(2)
Profissões Incríveis
(5)
Protagonistas de Recordes
(6)
Retratos do Cinema
(12)
Sósias de Famosos
(4)
Terapias Alternativas
(6)
Um Mundo Fascinante
(11)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui um comentário