quarta-feira, janeiro 12, 2011

Tostão: um craque com C maiúsculo

copa-1970-brasil-italia-tostao-pele Meu pai sempre fala muito deste craque que encantou a todos de sua geração com seus dribles e jogadas inteligentes. Um dos maiores atacantes que o país já viu atuar. As imagens de documentários e filmes que assistimos de seus lances pelo Cruzeiro ou pela Seleção fazem jus à posição que alcançou no futebol mundial e deixam saudosas pessoas, que como meu pai, tiveram o prazer de torcer por este camisa 9 da seleção.
Eduardo Gonçalves de Andrade, conhecido como Tostão nasceu em Belo Horizonte em 25 de janeiro de 1947. Iniciou sua carreira no Cruzeiro em 1961 no futebol de salão e em 1962 começou a jogar na equipe júnior do futebol de campo.
Tostão é o maior jogador do Cruzeiro de todos os tempos e também o maior artilheiro da história deste time que o lançou para o mundo. Além de armar o jogo, chegava na área para concluir as jogadas. Sua principal característica era a sua excepcional capacidade de antever a jogada. Ganhou o apelido de Tostão ainda na infância. Jogava com garotos mais velhos e era o menor do grupo. Foi logo chamado dessa maneira, em alusão à moeda brasileira, desvalorizada na época.
61155_14 Aos 18 anos já fazia parte da Seleção Mineira de profissionais. Foi pentacampeão mineiro com o Cruzeiro, de 65 a 69 e participou do melhor esquadrão do clube mineiro de todos os tempos. Em 1966, aos 19 anos, já era titular da seleção brasileira e neste mesmo ano, comandou o time do Cruzeiro campeão da Taça do Brasil, vencendo o Santos, de Pelé, na final. Foi artilheiro do campeonato mineiro em 65 (17 gols), 66 (18), 67 (20), 68 (25) e 70 (11). Em 1970 seria um dos principais artífices das vitórias maravilhosas da seleção na Copa do México. Em 72 foi vendido ao Vasco por US$ 535 mil, a maior transação do futebol brasileiro na época.
Infelizmente sua carreira foi abreviada aos 26 anos devido a problemas causados por uma bolada no olho que levou num jogo em 1969. Tostão foi operado em Houston, Estados Unidos e pode voltar a jogar futebol até 1973 quando sua retina se inflamou, o que causou nova cirurgia e a proibição do médico de voltar aos campos.
Longe do futebol, Tostão mergulhou nos estudos e decidiu ser médico, profissão a qual se dedicou por 20 anos. Também foi professor e passou um bom período sem dar entrevistas relacionadas com o futebol, para não confundir uma profissão com outra.
esporte_tostao_medicoApós a Copa de 94, largou o magistério e tornou-se comentarista e cronista esportivo. Atualmente trabalha na televisão e escreve colunas semanais para vários jornais do Brasil. É um dos mais respeitados comentaristas esportivos do Brasil.
Um profissional consciente, persistente, perfeito e completo. Dizem que era tão autocrítico que nunca ficava satisfeito com seu desempenho e sempre achava que podia jogar melhor. Após os treinos, continuava aperfeiçoando o chute e procurando sanar seus defeitos.
Não é a toa que seu nome faz parte do hall da fama do nosso esporte do coração, tendo recebido diversos prêmios e homenagens e é considerado um dos grandes gênios do futebol.

Pois é, não se fazem mais craques como antigamente, não é mesmo? Seria muito bom se existissem outros Tostões alegrando e valorizando os nossos dias de hoje.

Bjs

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui um comentário

Estatísticas

assine o feed

siga no Twitter

Widget Códigos Blog modificado por Dicas Blogger