segunda-feira, julho 19, 2010

Detetives mais marcantes do cinema parte 1

Depois de assistir o filme Sherlock Holmes com o brilhante Robert Downey Jr., saí da sessão com a sensação de que deveria relembrar os famosos detetives do cinema, pois afinal, são eles, personalidades únicas que nos proporcionam momentos de diversão, suspense e cumplicidade. Comecei a enumerá-los e me perdi conforme me surgiam os nomes, então resolvi contar com a ajuda de amigos que, como eu, curtem um bom filme que envolve detetives procurando desvendar um crime, reunindo indícios, buscando evidências, interrogando testemunhas e rastreando os criminosos.
É prazeroso assistir a história se desenrolar e ver o rumo que vai tomar, deixando à mostra os sentidos apurados, a coragem, a capacidade dedutiva, e a perspicácia destes heróis. A pesquisa rendeu bons frutos e exponho a seguir os detetives mais marcantes do cinema de todos os tempos.
É claro que esta seleção tem a ver com a preferência de pessoas que gostam e assistem muitos filmes e se propuseram a me dar uma mãozinha nesta escolha, e não com especialistas e críticos, ok?
Muitos nomes foram cogitados, mas resolvi colocar apenas os que receberam menções unânimes.
Sam Spade é o detetive protagonista do romance de Dashiell Hammett "O Falcão Maltês". No cinema foi interpretado em 1941 pelo ator Humphrey Bogart que deu forma ao personagem que resolve o caso do sumiço da estátua do falcão maltês. Ao redor da misteriosa ave uma teia de mentiras e trapaças, crimes, roubos e um pequeno grupo de personagens dispostos a tudo para pôr as mãos nesta peça. Na caça a tão misterioso objeto, ninguém confia em ninguém e todo mundo trapaceia todo mundo.
Ele é um homem desprendido de tudo, frio, com um olho afiado para o detalhe, inabalável determinação e que mantém o seu idealismo. É cheio de princípios como por exemplo entregar a mulher que ama à polícia pelo assassinato de seu sócio. Ligeiro, sarcástico e com uma agressividade contida, tem uma relação de amor e ódio com a lei. É dotado de um carisma como poucos e uma sagacidade cruel ao confrontar-se com aventureiros que estão atrás da estatueta que é uma relíquia medieval de valor incalculável.
No filme “Chinatown” de 1974, há a figura do detetive Jake Gittes conduzido pelo habilidoso Jack Nicholson que é contratado por uma mulher para investigar seu marido que acredita estar cometendo adultério.
Como o cínico e arrogante detetive de divórcio, que desistiu da carreira de policial, em Chinatown, Nicholson se vê num amontoado de mentiras e traições. A história é ambientada em Los Angeles em 1937 e a investigação leva Gittes novamente a se defrontar com a corrupção e o mal que reina em Chinatown e sua total impotência diante do que acontece.
Harrison Ford é o detetive Rick Deckard do filme de 1982 “Blade Runner”. No ano de 2019, ele é um membro especial do Departamento de Polícia de Los Angeles que é contratado para caçar e eliminar os replicantes – clones humanos- fugitivos. Ele reluta em aceitar o trabalho, mas fica claro que não tem escolha e deve utilizar alguns métodos violentos para chegar aos suspeitos.
Deckard é solitário, frio e amargo, um assassino revoltado que começou a se identificar mais com os andróides que ele está à caça de que os seres humanos que supostamente protege. O filme é uma versão dark do futuro e conta a história de um detetive que deve deixar de lado muitas de suas idéias preconcebidas, a fim de se tornar uma pessoa melhor. Há uma série de questões éticas e morais que confrontam os personagens o tempo todo.
Philip Marlowe é o detetive particular da Califórnia criado pelo escritor Raymond Chandler. Ele adora bebida, mulheres, poesia, jogar xadrez e trabalhar sozinho. É a favor de usar a violência quando necessário e o seu cinismo mascara um homem romântico. Mantém uma relação de amor e ódio com a polícia e com a corrupção que existe em todos os níveis da sociedade. Costumava trabalhar para a promotoria, mas foi despedido por insubordinação.
Marlowe foi adaptado para o cinema, televisão, rádio e quadrinhos. Na telona teve vários intérpretes, entre eles, Dick Powell, Bogart, James Garner e Robert Mitchum. O filme mais famoso é “À Beira do Abismo” feito em 1946 e tem Humphrey Bogart no papel principal. Ele protagoniza com Lauren Bacall, e está trabalhando para uma família rica que tenta descobrir o que aconteceu com um de seus empregados favoritos. Para cada pedaço de verdade que ele revela, dois novos mistérios surgem, e o quebra-cabeça começa a tomar forma conforme ele continua cavando provas. Marlowe tem um monte de decisões difíceis de fazer, e ele poderia ter sua visão nublada pelas pessoas ao seu redor. Bogart é grande no papel principal, e ele ajuda a tornar “The Big Sleep” um bom filme realmente.
Raymond Chandler foi um dos autores a dar forma ao detetive como o conhecemos na pós-modernidade. O chapéu, o sobretudo, a sala escura com uma mesa de madeira e uma porta com um vidro fosco na qual seu nome está entalhado. Philip Marlowe é um detetive noir acostumado a damas fatais, bebida ruim e becos, muitos becos. Transitando entre um mundo elitista e um mundo marginal, Marlowe é o primeiro detetive que passou a pensar alto e a relatar com comentários cada avanço ou retrocesso de sua investigação. Marlowe demonstra seus passos de modo que seu leitor compreende a linha de raciocínio antes de chegar ao final, o que jamais estraga a surpresa.
Charlie Chan é um detetive de ficção, de origem chinesa, criado por Earl Derr Biggers em 1923. Biggers concebeu o personagem como uma alternativa a alguns estereótipos de outros detetives; Chan é o retrato da não-violência. Entretanto, também é mostrado como distinto e afeminado, e enquanto sofre com preconceitos não fala abertamente sobre este assunto. O personagem, entretanto, é controverso, com alguns críticos comentando que ele retrata os asiáticos de uma maneira positiva e outros que é um estereótipo ofensivo. Os que o adoram retratam um personagem inteligente, benevolente e honrado. Outros o criticam como sendo unidimensional, além de afetado e subserviente aos "brancos", mesmo a série de filmes só fazendo sucesso quando o personagem foi interpretado por atores "brancos". Chan geralmente responde ao preconceito com indignação, mas sempre silencioso ou se desculpando pelos seus erros. Além do mais, o inglês de Chan é fraco e ele usa algumas palavras "roubadas de alguns poetas".
Foi um dos mais prolíficos detetives da tela com 46 filmes. O personagem foi melhor interpretado pelo ator sueco Warner Oland (em 16 filmes de 1931 a 1938), que retratou Chan como um sujeito elegante que sempre foi educado e modesto, mas, no entanto, resolve o crime usando evidências físicas e dedução lógica.

Aqui estão alguns detetives que conseguimos garimpar neste universo do cinema. Amanhã posto o nome de outros.
Bjs

2 comentários:

  1. Muito boa sua matéria. Eu sempre gostei de filmes com detetives inteligentes e espertos.
    Vim aqui dizer que gostei também do seu blog e pedir-lhe, como blogueira, que leia: http://expandiraconsciencia.blogspot.com/2010/07/blogueiros-do-brasil-ajudem.html
    e se engaje numa campanha por um Brasil melhor.
    um abração,
    Atena

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  2. Oi Atena, fico feliz que tenha gostado do blog e do tipo de post que publico.
    Com certeza vou ler o tópico que me pediu e se puder ajudar, conte comigo.
    Bjs

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