Aliás, talvez sejam as semelhanças e convergências entre algumas das ambições de Clarice e do psiquiatra antropófago, assim como a perspicácia, inteligência singular e consequentemente linha de raciocínio que ambos têm em comum, aliados aos mistérios do passado dela e insinuados em seu comportamento e até em seu tímido mas aguçado olhar nas nuances que lhe são próprias – devassadas por Hannibal, o que lhe representa um instigante desafio à sua argúcia -, que fazem com que ele se identifique e se “solidarize” com a agente do FBI.
Sherlock Holmes, o primeiro detetive particular do mundo, surgiu nas obras de Sir Arthur Conan Doyle. O detetive de Baker Street é o personagem mais frequentemente recorrente na tela. Ele já apareceu em mais de 200 filmes desde 1900 e foi interpretado por cerca de 72 atores. Sua mais conhecida figura popular foi o ator britânico Basil Rathbone com uma capa e o tronco curvado, Ele resolveu mistérios em centenas de filmes com "deduções elementares" e com a ajuda de seu assistente Dr. Watson. Reginald Owen é o ator que mais destacou a figura do detetive, mas não foi o primeiro da história! A idéia de Sir. Connan Doyle partiu de Auguste Dupin, o detetive ficcional criado pelo americano Edgar A. Poe, um aficionado pela lógica e por pistas que serviria de base para, com maestria, Sherlock Holmes se elevar ao patamar de maior investigador do mundo, recebendo até hoje cartas em seu endereço na Baker Street, em Londres.
Holmes é dotado de lógica, sagacidade e acima de tudo dedução. Todos os seus casos têm explicações racionais, mas Holmes possui um ponto fraco, sua mente precisa constantemente de estímulos e sem crimes, ele é capaz de buscar caminhos químicos para apaziguar seu cérebro inquisidor.
Com intuição apurada e o auxílio de seu fiel aliado Dr. Watson, desvenda qualquer mistério.
Muitos dizem ser Hercule Poirot a maior criação de Agatha Christie. Um dos detetives mais famosos da ficção, ele foi criado em 1916, quando a escritora inglesa escreveu o primeiro romance “O Misterioso caso de Styles” chamado por seu amigo Hastings, para solucionar um misterioso assassinato.
O detetive belga apareceu em 33 novelas e 65 contos e é o único personagem ficcional a ser homenageado com uma página de obituário do The New York Times. Poirot é uma personagem extremamente extravagante e pouco modesto chegando muitas vezes a ser chato e prepotente. Usa bigode e tem sempre uma aparência elegante e impecável e um grande charme. Gosta de coisas de uma forma ordenada e aprova a simetria em todos os lugares. Ele despreza a poeira e casas imundas. Ele diz que qualquer crime pode ser resolvido com a simples colocação do quebra-cabeça corretamente. Ele é um detetive de poltrona, ou seja analisa tudo e coloca o cérebro para funcionar.
Este refugiado belga da Primeira Guerra Mundial começou sua carreira como oficial de polícia e depois passou a ser detetive particular com sede em Londres, onde ele formou a sua amizade com Hastings. Ele compara os seus colegas a "cães de caça humanos", pois eles usam as pequenas pistas no chão, as pegadas e as impressões digitais como método de trabalho; enquanto que Poirot usa, como único meio, a psicologia humana e o que ele chama de "massa cinzenta".
Não é um detetive de ação, mas meramente dedutivo. Ele termina cada caso com um desfecho dramático, satisfazendo seu próprio ego e confirmando a todos, que ele é verdadeiramente "a maior mente na Europa."
Hercule Poirot esteve presente também em muitos filmes. O primeiro a interpretá-lo foi Austin Trevor no começo dos anos 30 em três produções: "O Assassinato de Roger Ackroyd", "Black Coffee" e "Treze à Mesa". Outros atores que também interpretaram Hercule Poirot no cinema foram Peter Ustinov em "Morte no Nilo", "Morte na Praia", "Encontro com a Morte", Tony Randall em "Os Crimes ABC" no ano de 1965 e Albert Finney em "O Assassinato no Expresso do Oriente" que acabou ganhando o prêmio de melhor filme da Academia.
Philo Vance é o detetive que estrelou doze romances policiais escritos por SS Van Dine. Ele surgiu pela primeira vez em meados da década de 1920. Vance é um intelectual refinado, elegante, bom vivant de Nova Iorque, muito inteligente e extremamente educado.
Philo Vance é o detetive que estrelou doze romances policiais escritos por SS Van Dine. Ele surgiu pela primeira vez em meados da década de 1920. Vance é um intelectual refinado, elegante, bom vivant de Nova Iorque, muito inteligente e extremamente educado.
Ele é um homem de invulgar cultura e brilho. Um aristocrata por nascimento e instinto, estando muito distante do mundo dos homens comuns.
Vance é muito hábil em muitas coisas como esgrima, jogo de pólo, mestre no pôquer, apostador e vencedor em corridas de cavalos, experiente atirador de arco, patrono da música clássica, apreciador da boa comida e bebida, conhecedor do xadrez e de várias línguas estrangeiras. Ele também é um especialista em cerâmica chinesa, em psicologia, história do crime, o antigo Egito, a arte renascentista e uma série de outros temas.
Muitos foram os atores que interpretaram o detetive na década de 30, entre eles William Powell, Basil Rathbone, William Warren, Paul Lukas, Edmund Lowe, Wilfrid Hyde-White e Richards Grant. Nesta lista não poderia faltar o hilário Inspetor Clouseau. Um atrapalhado detetive oficial da Sureté, a Polícia Nacional Francesa. Peter Sellers protagonizou a maioria dos filmes deste detetive e foi perfeito no papel. Desde a mais tenra idade, Clouseau sabia que queria ser um oficial da lei. Durante a Segunda Guerra Mundial, lutou com a Resistência Francesa, e depois da guerra, quando sua tia foi sequestrada, ele decidiu se tornar um detetive, apesar de servir como um oficial de terceira classe em uma pequena vila distante fora de Paris. Mas, mesmo neste ponto remoto, as habilidades especiais de Clouseau foram percebidas pelos seus superiores.
Ele era engenhoso, leal e corajoso, um líder nato. Ele é um exímio atirador e faixa preta em karatê, judô, kung fu e armas de Okinawa, mantendo suas habilidades afiadas constantemente através de treinamentos frequentes com seu fiel mordomo Kato. É também um mestre do disfarce, explorando plenamente as habilidades do mestre Professor Auguste Balls. Sua força dedutiva não é nada adequada, assim como sua compreensão do óbvio, que é bem difícil de se acompanhar. Sem contar o fato de ele praticamente não ter um bom comando da linguagem e sequer coordenação física. Mas mesmo que o seu "estilo" não seja tão ortodoxo e muitas vezes confuso, ele sempre consegue resolver o crime, a sua maneira, é claro. Pelo menos até agora. O filme mais importante é o primeiro: “A Pantera Cor-de-rosa” (The Pink Panther) rodado em 1963 e que deu origem a tantos outros Pantera Cor-de-rosa.
Adorei fazer esta enquete com meus amigos. Até revi alguns filmes que há muito estavam esquecidos.
E como diriam muitos destes nossos grandes detetives do cinema: caso encerrado!
Bjs
Fê
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